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Dependente químico gratuitamente involuntariamente?

  • Essa é uma pergunta que muitas pessoas fazem quando se deparam com um familiar ou amigo que sofre com o vício em drogas ou álcool. A resposta é sim, mas existem alguns requisitos e procedimentos que devem ser seguidos. 

    A internação involuntária é aquela em que o dependente químico não concorda com o tratamento, mas é submetido a ele por decisão de um familiar ou responsável legal, com o apoio de um médico. Essa modalidade de internação está prevista na Lei 10.216/2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais. 

    Para solicitar a internação involuntária, é preciso que o familiar ou responsável legal procure um médico psiquiatra, que irá avaliar o caso e emitir um laudo atestando a necessidade do tratamento. Esse laudo deve ser encaminhado ao Ministério Público, que irá autorizar ou não a internação. O Ministério Público também irá fiscalizar o tratamento e garantir que os direitos do paciente sejam respeitados. 

    A internação involuntária pode ser realizada em hospitais públicos ou privados, desde que credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS oferece vagas gratuitas para dependentes químicos em hospitais e comunidades terapêuticas conveniadas. Para acessar essas vagas, é preciso procurar um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e solicitar uma avaliação e um encaminhamento.

    A internação involuntária tem duração máxima de 90 dias, podendo ser prorrogada mediante nova avaliação médica. O paciente deve receber um tratamento adequado, que inclui acompanhamento psicológico, psiquiátrico, social e terapêutico. O objetivo é promover a desintoxicação, a reabilitação e a reinserção social do dependente químico. 

    A internação involuntária é uma medida extrema, que só deve ser adotada em casos de grave risco à saúde ou à vida do paciente ou de terceiros. Antes de recorrer a essa opção, é recomendável tentar outras formas de ajuda, como o diálogo, o apoio familiar, a orientação profissional e os grupos de autoajuda. A internação não é uma solução mágica, mas sim uma etapa do processo de recuperação do dependente químico. 

    Quais os impactos de um dependente químico na vida familiar? 

    A dependência química é uma doença crônica que afeta não apenas o indivíduo que consome as substâncias, mas também as pessoas que convivem com ele. 

    O dependente químico pode apresentar alterações de humor, comportamento, personalidade e saúde, que interferem na sua capacidade de se relacionar com a família, o trabalho e a sociedade. A família, por sua vez, pode sofrer com o estresse, a angústia, a culpa, a vergonha, a violência e o isolamento causados pela situação do dependente. Além disso, a família pode ter que lidar com as consequências financeiras, legais e sociais da dependência química. 

    O impacto da dependência química na vida familiar pode variar de acordo com o tipo, a quantidade e a frequência do consumo de drogas, bem como com as características da família, como o grau de coesão, comunicação, afeto e limites. 

    Algumas famílias podem ser mais resilientes e buscar ajuda profissional para enfrentar o problema, enquanto outras podem se desestruturar e adoecer junto com o dependente. Por isso, é importante que a família reconheça a dependência química como uma doença que precisa de tratamento e que ofereça apoio e acolhimento ao dependente, sem julgamentos, críticas ou cobranças excessivas. 

    A família também deve cuidar da sua própria saúde física e mental, buscando apoio em grupos de autoajuda, terapia ou outras fontes de suporte social. 

    Quais os impactos de um dependente químico na vida profissional? 

    O uso de drogas ilícitas ou lícitas, como álcool e tabaco, pode trazer sérios prejuízos para a saúde física e mental de um indivíduo, afetando também sua vida profissional. Um dependente químico pode apresentar baixo desempenho, falta de motivação, dificuldade de concentração, problemas de relacionamento, faltas e atrasos frequentes, entre outros sintomas que comprometem sua produtividade e qualidade de trabalho.

    Além disso, o dependente químico pode colocar em risco sua própria segurança e a de seus colegas, especialmente se exercer atividades que exigem atenção, coordenação motora ou responsabilidade. O impacto de um dependente químico na vida profissional pode ser tão grave que leva à perda do emprego, à dificuldade de recolocação no mercado ou à aposentadoria precoce por invalidez.

      September 19, 2023 3:37 AM PDT
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